segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ALEXANDRE 0 X 2 SÃO PEDRO

Depois de ver meus planos de férias não darem em nada – ou em meia página de linhas rabiscadas – indo tudo literalmente por água abaixo, novamente São Pedro resolveu abrir a torneira e jogar um balde de água fria em mais uma empreitada minha. Já cansei, aliás, desses trocadilhos com água.

Desta vez, o destino era Blumenau e o motivo era o último dia de Oktoberfest. Planejava assistir ao desfile, com as pessoas todas vestidas com trajes típicos, apreciar a música alemã mesmo não sabendo dançar, degustar os pratos típicos como Eisbein (joelho de porco), Kassler (costeleta de porco) e, claro, o Apfelstrudel, que é doce e não é feito de porco, mas também é tradicional. Seria um belo domingo acompanhado de minha esposa, prestigiando uma festa típica da região que remetia aos meus antepassados germânicos.

Mas assim como na música da Dona Aranha, veio a chuva forte e me derrubou. Na verdade foram as previsões de tempo, tanto na TV como na internet, que me fizeram desistir do passeio. Ao contrário das férias, resolvi não pagar pra ver, nem ter novamente como primeiro suvenir de meu destino, um guarda chuva.

Talvez se não tivesse confiado nas tais previsões e seguido viagem, teria aproveitado a festa. Ao menos aqui em Joinville, o sol até ameaçou aparecer. Lá, eu não sei. E nem quero saber. Afinal, pra que pensar no que eu supostamente perdi?

Se há uma coisa que eu aprendi assistindo aos filmes da trupe Monty Python, é sempre olhar o lado bom da vida. Além de como identificar uma bruxa comparando seu peso ao de um pato, ou ainda, o próprio sentido da vida, claro. Olhe sempre o lado bom da vida. Mesmo que sua conta bancária esteja no vermelho, assim como sua mulher e o semáforo que você passou a 100 Km/h.

E no fim das contas, foi até bom não termos ido para Blumenau. Era comemoração do aniversário da minha avó e, se eu fiquei sem os pratos típicos da Oktober, em troca fiquei com o pato assado da festa. Não provei o apfelstrudel de Blumenau, mas me acabei comendo a torta de mousse de chocolate e creme de leite que minha mãe fez. Não vi desfile e pessoas trajadas tipicamente, mas vi a alegria do meu avô em receber visitas. Sem falar que deveria ter muita gente lá nesse fim de semana, se esparramando pelas ruas, restaurantes e lojas. E eu odeio gente aglomerada.

Alexandre Weinschütz

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